Perdoem-me caros leitores e leitoras mas hoje esta crónica não vai sair grande coisa. Já estou como aquelas aves migratórias que confundidas com as alterações climáticas acabam por esbarrar contra as paredes. É verdade. O meu calendário diz que hoje é quarta-feira, 02 de julho, o que significaria que há mais de uma semana que é verão. Mas quando de manhã fui espreitar à janela do meu quarto para ver como estava o tempo vi umas façanhudas nuvens bem negras a prenunciar muita aguinha a cair do céu. Não conformado fui ouvir as previsões meteorológicas e confirmou-se que no fim-de-semana vamos ter mesmo chuva a valer.

Não sei se é homem o responsável por esta situação com o buraco do ozono ou se é apenas uma decisão unilateral de S. Pedro talvez com o objetivo de nos lavar a alma, tão triste e negra por causa das agruras diárias que o Senhor dos Passos Coelho nos impinge, mas o que sei é que este tempo me põe doente, baralhado e confuso e por isso não fiquem admirados se alguma calinada das grossas manchar a verbalidade desta crónica.

Talvez também pelo estado de espirito vou começar as gambuzinadelas a dizer bem. Na sexta-feira o senhor doutor económico e também escritor e poeta, e também político, e também gestor empresarial municipal e possivelmente outras coisas que o Zé não sabe porque não conhece o senhor, lançou o seu 18º livro. O Zé passou por lá, porque adora livros, e ficou contente por ter ido. Não li ainda o livro porque a reforma não estica e não o pude comprar mas quem sabe se um dia destes não o encontro na Biblioteca Municipal D. Dinis e o possa ler. Pois, disseram-me agora que de há uns anos a esta parte a BMDD não compra um único livro. Sendo assim pode ser que algum caridoso leitor desta crónica tenha a gentileza de mo emprestar ou até, quem sabe, o venha a receber pelo Natal ou pelo meu aniversário. Ah, já sei. O senhor Henrique Ribeiro esteve, como jornalista, no lançamento e certamente, como é hábito, o editor ofereceu-lhe um livro. Estou safo. Ele de certeza que mo empresta. Divaguei. Sou mesmo despistado. Então lá vai o que interessa: Parabéns doutor Mário Máximo. Escrever 18 livros é obra… Ter editor para 18 livros ainda é mais obra…

Bom e já que a maré é de livros e parabéns então cá vai… O senhor maçon, pintor, poeta, geografo, escritor e dramaturgo, de seu nome artístico Henrique Tigo e de nascimento Tiago, em pouco mais de dois meses lançou dois livros no Centro Cultural Malaposta. O primeiro foi de teatro e o segundo de poesia. Os cinco anteriores eram de geografia. Ena pá o homem é mesmo ecléctico e multifacetado. Para já os parabéns pela edição. O livro até tem alguma piada e os poemas, se lidos por quem sabe ler, até são bons. Mas também tenho de dar os parabéns pelo lançamento. A sala tinha mais gente que nos lançamentos de muitos autores consagrados e então VIP’s eram aos molhinhos. Depois a sessão foi um verdadeiro espetáculo. Muito giro Guilherme Leite. Cá o Zé quase que se urinou pelas calças abaixo de tanto rir. O senhor professor José Fanha também me encheu as medidas com as suas leituras dos poemas assim como o doutor poeta Mário Máximo. Tive pena que o senhor Carlos Alberto Moniz tivesse cantado pouco e delirei com as canções do compadre alentejano Jorge Ganhão.

Devo estar mesmo doente… Então hoje não digo mal de ninguém?
Continuemos. Na segunda-feira também na Malaposta decorreu a festa de encerramento do Ano Letivo da Universidade Sénior de Odivelas. É pá os meus companheiros de idade mostraram mesmo de que massa é feita a minha geração. Grande espetáculo, grande postura, grande garra e força de viver. Parabéns aos alunos por não deitarem a toalha ao chão após a reforma mas parabéns também a todos os formadores que graciosamente, semana após semana, dão melhor de si integrando-se naquela que se pode considerar a grande família USO. E seguramente também são merecedores de parabéns todos os membros da direção da Associação Sénior de Odivelas e a administração da PEDAGO que cede as instalações à USO. Nessa festa veio parar-me à mão o Correio da Seniorlândia jornal da USO produzido pelos alunos. Gostei mesmo, está compostinho. Por isso parabéns também aos produtores do jornal.

Sim senhor, vou acabar por ter de dar os parabéns também ao José Maria Finório. Então não é que consegui fazer uma crónica inteira sem dizer mal de ninguém? Não me digam que não é obra?

E sendo assim, fiquem vossemecês todos muito bem que o Zé volta para a semana… Ou não!

E agora:
Gambuzino ao saco…
Gambuzino ao saco…