Numa época como a que vivemos, onde o egoísmo se apoia na forte crise económica que se faz sentir, os furtos e os roubos ganham maior destaque e justificação. Aparecem como meras tentativas de “fazer face á crise” quer

por desespero de causa, quer por ambição.

Importa aqui mencionar que furtar se refere ao ato de subtrair algo alheio sem qualquer forma de violência ou ameaça, o que difere de roubar que implica isso mesmo, a subtração do alheio com recurso à violência contra o

Indivíduo ou ameaça.

Deste modo, se antes os roubos se caracterizavam pelos esticões de carteiras ou de fios de ouro, hoje tornaram-se bem mais requintados, com o recurso ao furto, embora este sempre tivesse existido. De admitir que existem bons profissionais do furto hoje em dia, muitos invisíveis no ato em si, sem deixarem quaisquer pistas. Fazendo do roubo uma forma mais expressiva e obvia de executar o “amigo do alheio”.

O público considerado mais frágil normalmente é o mais afetado, falamos de mulheres, idosos, crianças, e todas as pessoas que por distração ou desleixo acabam por exibir objetos atrativos ou de valor. Dada a conjetura atual os idosos apresentam-se como o público mais fácil de enganar (sendo também a população maioritária) na medida que confiam e acreditam no que lhes é dito, sobretudo se não tiverem que os oriente ou dê apoio em termos financeiros. Muitos indivíduos acabam por furtar através de métodos pouco convencionais, fingindo ser figuras de autoridade ou profissionais especializados, o que instala na sociedade um sentimento de desconfiança crescente.

Os meios de comunicação a par com as autoridades policiais emitem vários alertas apresentando as formas de roubo ou furto identificadas por forma a atuar preventivamente. Os assaltos a ourivesarias, bancos, nos transportes

públicos, em locais desertos ou à noite, continuam a ser os mais recorrentes. No entanto é de destacar as formas mais subtis como os assaltos aos multibancos através da clonagem de cartões.

É efetivamente crucial que de modo a diminuir a insegurança que vivemos se tracem planos de segurança que permitam ao indivíduo a menor exposição possível. A título de exemplo, andar com pouco dinheiro, não exibir o cartão de multibanco ou crédito, não andar com objetos de valor na rua, não exibir telemóveis topo de gama em locais movimentados ou desertos, e evitar colocar a carteira no bolso das calças ou a mala com o fecho fora do campo de visão, podem marcar a diferença. Alertar familiares e amigos para este flagelo, que acaba por ser criado pela própria sociedade e o qual começa a fugir do controlo, é o inicio para lutar contra o crime.