A orientação sexual de um indivíduo é um tema bastante em voga atualmente. Por vezes considerado até polémico, não só pelas suas variantes serem relativamente recentes na esfera pública como também por envolver muita discriminação.

Incluídas neste grupo encontra-se a heterossexualidade, a homossexualidade, a bissexualidade e a assexualidade. O primeiro é o estereótipo da nossa sociedade, considerado como “normal” e convencional, defendido como o “correto” e predominante, quer por anciões quer pela igreja.

Embora a emergência dos outros três tipos de orientação sexual seja recente, tal não implica que não existissem outrora. Porém eram considerados como doenças e pecado, ocultados da sociedade.

Importa esclarecer que a homossexualidade, remete para um indivíduo de um determinado género que sente uma atração física ou emocional por outro indivíduo do mesmo género. Vulgarmente a sociedade denomina de “Gays” ou “Lésbicas”, consoante se trate de homens ou mulheres, respetivamente. Já a bissexualidade transporta-nos para um leque mais diversificado, uma vez que nos remete para um indivíduo que sente atração física ou emocional por indivíduos de ambos os sexos. Relativamente à assexualidade, da qual raramente se fala, remete para a ausência de atração para qualquer um dos géneros. Talvez seja pouco falada pois não implica a exposição pública da orientação sexual do indivíduo. O que não é possível de omitir relativamente aos outros três tipos, não só pela prática de atos considerados de cariz íntimo, como beijos, abraços ou simplesmente andar de mãos dadas, como inclusive pela coabitação ou matrimónio.

No caso do matrimónio para casais do mesmo sexo, este ainda é um assunto muito recente na sociedade portuguesa, pois a sua aceitação, implica uma “legalização” da homossexualidade, não que fosse crime ou punido por Lei, mas sim uma “legalização” nos costumes portugueses, que são muitas vezes catalogados como retrógrados.

A verdade é que o matrimónio ainda é encarado como antecedente à conceção de filhos, ora tal não é possível geneticamente de ser concebido por casais do mesmo sexo (excetuando casos de fertilização ou “barrigas de aluguer”), o que acrescenta uma visão negativa aos mais conservadores.

No entanto, importa salientar que a orientação sexual de um indivíduo em nada muda a sua essência. Não se pode considerar obsceno um casal exprimir os seus sentimentos só por ser do mesmo sexo, enquanto se considera romântica a mesma cena se forem de sexos opostos.