Na quinta-feira, 13 de fevereiro, a Política de Segurança Pública deteve, no parque de estacionamento junto à estação do metropolitano da Pontinha, um individuo de 44 anos, acusado de violação de, pelo menos duas jovens, e quando se preparava para mais uma violação. Entregue pela PSP à Polícia Judiciária foi presente ao Tribunal Criminal da Comarca de Loures que determinou prisão preventiva durante o decorrer o respetivo processo.

Segundo o Odivelas Notícias apurou, junto de fontes policiais e judiciais, o arguido perseguia jovens mulheres que saiam da estação do metropolitano da Pontinha até entrarem nos veículos estacionados no parque de que fica do outro lado da estrada, perto do Edifício S. Carlos, onde as violava depois de as ter agredido violentamente. Os dois casos conhecidos das autoridades registaram-se nos dias 2 e 6 de fevereiro. No primeiro dia tentou obrigar a jovem «A fazer sexo oral, só não o conseguindo porque a vítima resistiu, acabando esta por ser furada, no lado direito da cara, com o canivete multifunções que o arguido trazia e com o qual queria coagia-la», segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

No dia 6 o método foi o mesmo sendo que nesta ocasião a vítima, por sério temor ao canivete que tinha apontado ao pescoço, acabou por fazer sexo oral ao arguido, tendo este, depois, sujeitado a vítima a cópula, contra a vontade desta.

Alertadas para a situação as autoridades policiais colocaram o local sob vigilância que haveria de dar frutos no dia 13 de fevereiro, cerca das 18h00, quando o arguido perseguia mais uma jovem com o intuito de a violar, não tendo consumado a sua intenção devido a intervenção dos agentes policiais. Detido por agentes da PSP da Esquadra de Benfica, o arguido tinha em seu poder a arma branca que usava para coagir as vítimas.

As duas vítimas conhecidas deste violador tiveram de receber assistência médica em unidade hospitalar, onde foram submetidas a vários exames que revelaram vários ferimentos e escoriações em todo o corpo.

«No dia 14 de Fevereiro de 2014, foi determinada a aplicação da medida de coação de prisão preventiva, no âmbito de inquérito que corre termos na Unidade Especial de investigação do crime violento e violência doméstica do MP de Loures, dando-se por fortemente indiciada a prática pelo arguido de um crime de violação e um crime de roubo agravado na forma consumada, e um crime de violação na forma tentada, cometidos nos dias 2 e 6 de Fevereiro de 2014, em Odivelas», lê-se na informação da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

Fotografia: Henrique Ribeiro