Existem diversas religiões, crenças e variantes. Para uns são a mais pura verdade, para outros a ancora que os mantêm ligados à vida, e para outros ainda um mito alimentado pelos mais poderosos.

Apesar das diferenças que existem entre as várias religiões, sejam elas monoteístas ou politeístas, todas elas se firmam num mesmo principio que as guia ao longo dos tempos, a fé.

Foi comprovado através de estudos que indivíduos que se regem por uma religião, são mais felizes do que os que se mantêm céticos à existência de algo sobrenatural e superior. A fé em Deus, Alá, Jeová, ou qualquer que seja o nome que lhe damos, acalenta a esperança do indivíduo, permite a superação dos obstáculos de uma forma menos solitária e rígida. A fé permite que o conforto, o consolo, a crença, a esperança e a confiança sejam ingredientes essenciais nessa grande construção que é a vida.

Se analisarmos friamente, não acreditamos todos em algo? Mesmo quando acreditamos só em nós mesmos, estamos a crer na existência de uma força. Mesmo quando acreditamos noutras coisas sobrenaturais ou no poder da natureza, estamos a acreditar em algo, estamos a admitir a existência de algo além do nosso conhecimento, da nossa visão.

Podemos não concordar com a conduta de determinados líderes religiosos, podemos não concordar com as regras que impõem. Mas lembremo-nos que são tão humanos como nós. E todo o humano é na sua natureza um ser imperfeito, com defeitos. Que não seja esse o motivo para nos desligarmos dessa força desconhecida que nos embala nas horas de sofrimento e a quem recorremos quando precisamos.

Nunca foi possível provar a existência de Deus, nem nunca foi possível provar a sua não existência. A verdade é que existem mistérios que permanecem no oculto aos quais nós meros seres humanos não temos acesso. Mas se estivéssemos abandonados à nossa sorte não seriamos donos da nossa vontade? Da hora do nosso nascimento e morte? Não saberíamos o que acontece depois de sucumbirmos? Dêmos-lhe o nome que quisermos, acreditemos em quem quisermos, sigamos ou não qualquer das religiões existentes, mas admitamos que não somos só corpos comandados por órgãos, ao possuirmos sentimentos, na minha humilde visão possuímos alma. Ao alimentarmos a nossa alma alimentamos a nossa vida.

Nem sempre precisamos de ir à igreja, nem sempre precisamos de cumprir a palavra de Deus à risca, nem sempre precisamos do sacrifício para seguir Deus. Precisamos apenas de fé.

Assim, não percamos a nossa alma, a nossa esperança e a nossa fé.