Estima-se que cerca de 2 a 3 por cento da população sofra de hérnias discais sintomáticas, embora o número de hérnias discais que não dão sintomas seja muito superior. O aparecimento de uma hérnia discal é mais usual entre os 35 e 50 anos de idade.

O principal sintoma associado a uma hérnia discal lombar é a dor na região lombar (fundo das costas) ou nádega com irradiação para o membro inferior chegando frequentemente ao calcanhar ou pé. Outras queixas que se podem associar são a dormência e o formigueiro nos membros inferiores, fraqueza na perna e dificuldade em elevar o pé. As hérnias discais lombares costumam afetar apenas um dos lados do corpo.

Os sintomas permitem que o médico estabeleça um diagnóstico de presunção. Durante o exame físico, o médico procura áreas onde possa haver alterações da sensibilidade, falta de força muscular ou reflexos anormais.

A maioria das hérnias discais lombares não necessita de tratamento cirúrgico.

Quando os sintomas têm pouco tempo de evolução e não há alterações significativas no exame físico (ou seja, as raízes nervosas mantêm a sua função), habitualmente é possível evitar a cirurgia. Nesta fase, é aconselhável a redução da atividade física, manter uma correta postura corporal, iniciar um programa de reabilitação (fisioterapia) e medicação para alívio da dor, como analgésicos, anti-inflamatórios e, por vezes, relaxantes musculares.

Quando o tratamento cirúrgico é necessário, habitualmente trata-se de uma cirurgia simples, com baixo risco de complicações, que implica um internamento curto e um rápido restabelecimento. As técnicas microcirúrgicas e minimamente invasivas permitem cicatrizes menores e menos lesão dos músculos da região lombar, o que muitas vezes se traduz num pós-operatório ainda mais benigno e um regresso mais precoce à vida ativa.

A campanha Olhe pelas Suas Costas é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, em parceria com a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia e Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. Para mais informações consulte: http://www.olhepelassuascostas.com/ ou visite o facebook: https://www.facebook.com/olhe.costas

Dr. Paulo Pereira,

neurocirurgião e Coordenador da campanha Olhe pelas Suas Costas.

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