A bulimia caracteriza-se como uma doença do foro alimentar, na realidade é um transtorno que oscila entre a compulsão desenfreada de alimentos e a eliminação das sua consequência, como seja o aumento do peso, através do jejum, indução do vómito, uso de laxantes, consumo excessivo de cafeína ou outras substâncias, exercício físico desmedido e adesão a dietas prejudiciais e totalmente radicais. A variação do peso é portanto drástica o que potencia o agravamento da depressão sentida pela pessoa. A compulsão alimentar difícil de ser travada pelo bulímico, leva a que o sentimento de culpa surja logo após a ingestão dos alimentos. Existe pois uma discrepância de sentimentos que entram em choque e que afectam a estabilidade emocional da pessoa bulímica.
Este transtorno alimentar acaba por trazer serias consequências, nomeadamente para a saúde em geral, como a fadiga, a desidratação, a arritmia, a irregularidade menstrual, a obstipação e a variação do humor, que na sua maioria apresentada estados depressivos.
O desagrado com o aspecto físico da pessoa bulímica, alimenta a tristeza no seu estado de espírito, e a preocupação com o corpo é exponencial, se não houver um acompanhamento especializado em termos nutricionais e psicológicos.
Torna-se imperativo que o bulímico siga uma alimentação equilibrada e compreenda como o transtorno lhe é prejudicial, pois é um ciclo vicioso do qual não se liberta. Ao não alimentar devidamente o organismo, este entra em compulsão por alimentos, o que por sua vez leva a que o bulímico tente compensar a compulsão, e assim sucessivamente.
Na maioria dos casos a pessoa bulímica pensa que consegue controlar o evoluir da doença, e que pode parar o ciclo quando lhe convier, ou quando atingir o peso que considera aceitável, o que é erróneo pois sem acompanhamento de profissionais o bulímico tem tendência para não ver os resultados. Mesmo que consiga parar num determinado momento com os episódios de compulsão e compensatórios, este pode voltar aos mesmos assim que a imagem que tem de si volte a ser negativa.
Regra geral este transtorno encontra-se com maior representação entre os adolescentes, uma vez que vêem o corpo mudar diariamente e enfrentam uma serie de mudanças psicológicas à procura do seu eu. Assim, é importante tomar maior atenção às grandes oscilações de peso. Em idade escolar, torna-se fácil esconder a existência do transtorno, pelo que pais e profissionais da educação detêm um papel importante na identificação do mesmo.