Bom, deixemo-nos de conversa da treta e passemos à real realidade dos factos e, contra factos não há argumentos. Bom às vezes até há se o advogado for bom e o arguido pessoa influente. Mas prontos vamos lá às últimas das minhas notas eleitorais.

Apeteceu-me dar uma voltita pelos locais onde os candidatos estavam a curtir as mágoas da derrota, a festejar a alegria da vitória ou simplesmente a tentar perceber o que raio tinha acontecido nas urnas naquele dia 29 de setembro. Se calhar a alguns apetecia relembrar Vítor Espadinha e cantar: «Foi em setembro que te conheci, trouxeste contigo a amargura dos vereadores perdidos e quiçá o desemprego para os boys». Mas outros certamente diriam «Afinal havia outra e eu agora sei que era a Mónica Vilarinho» ou talvez o Falcão cantasse que não era outra mais outro e que seria o João Curvêlo. Pelas bandas da CDU talvez se alterasse a canção do Zeca e se cantasse «Veio mais um».  Mas como não sou a Abelha Maia, a Maria Helena ou o Paulo Cardoso o melhor é deixar-me de “ses” e dar uma de jornalista abordando os “quem, como, quando, onde e porquê”

Passei pela sede de campanha da doutora presidenta. Ela não estava mas o seu STAF (sim, eu também não gosto de expressões inglesas mas também sei que vocês estão tão fartos de ouvir isto que percebem mais depressa do que se eu disse-se apoio) começava a perceber que havia motivos para abrir champanhe, ou mais modestamente aquele Espumante Dolce, italiano, que uns supermercados alemães vendem a 1,99€.

Depois passei pela sede bloquista. É pá o ambiente era mesmo de festa e até havia petisco e tudo. E, até os candidatos lá estavam e mais a senhora mãe do Curvêlo. Ali percebi a quem o filho saia. Aceite os meus humildes mas muito sinceros parabéns, minha senhora pelo filho que tem. Não, não se ponham já para ai com coisas que não sou bloquista nem para lá caminho mas sei reconhecer o valor das pessoas mesmo que não partilhe da sua perspectiva do mundo ou ideologia política.

Num restaurante à beira Rio (calma era só o Rio da Costa) encontrei o Xara Brasil meio murchinho a tentar perceber a razão da coisa. É pá a tareia foi mesmo grande. Andou o homem a investir tanto no projeto e o povo de Odivelas resolveu assim arquivá-lo se calhar por falta de provas como nos tribunais.

Na sede da CDU o pessoal foi reservado e preferiu ir festejar a Loures onde o camarada Bernardino Soares deu um grande bailarico saloio a Carlos Teixeira e ao seu apoiado João Nunes. Bom também não foi mau de todo tendo em conta de durante 12 anos o CT também deu um grande baile aos Lourenses.

Por último passei pela sede da doutora Sandra Pereira. Se na campanha não teve muita gente à sua volta nesse dia foi pior. Meia dúzia de consternados de ar distante e absortos em pensamentos. Já vos disse que não tenho dotes adivinhatórios mas não seria muito difícil adivinhar em que pensariam eles.

E prontos, encerro aqui (penso eu) as minhas notas eleitorais e simultaneamente esta crónica.

Volto para a semana, ou não…

Agora, vou caçar gambuzinos!

 

Gambuzino ao saco… Gambuzino ao saco…