Desde tenra idade que todos temos tendência a ter pelo menos um ídolo. Ao longo da nossa vida os nossos ídolos podem mudar ou podemos até vir a ter novos. Ter um ídolo é identificar-se, apreciar ou valorizar o trabalho por ele desenvolvido ou simplesmente o ser humano que é.

Um ídolo pode ser um ator, um cantor, um jogador ou uma celebridade. É alguém que na maioria das vezes nem conhecemos mas por quem nutrimos um carinho especial que nos faz seguir minimamente o que acontece na sua vida. Ficar feliz pelas suas vitórias e entristecermos com as suas derrotas.

Os nossos ídolos fazem parte da nossa história, fazem parte da nossa construção enquanto indivíduo. Quem nunca cortou o cabelo, comprou aquelas botas, ou se vestiu como o seu ídolo? Quem nunca se rendeu à euforia de ver o seu ídolo passar ou até ter um autógrafo dele? É através da sua influência que nos vamos construindo, testando, realizando e sobretudo sonhando.

Quando figuras como Nelson Mandela ou Eusébio desaparecem do mundo, uma parte da nossa história passa literalmente à história. Ilustres ídolos, heróis conceituados, revolucionários, figuras que admiramos que fizeram parte da história mundial ou elevaram o nosso país com distinção são referências que as gerações vindouras não terão em tanta consideração quanto nós. São apenas mais uma passagem da história.

Perder um ídolo é saber que só restam as recordações de quem foi, felizmente hoje temos recurso a imagens ou vídeos que tornam imortais os momentos de glória dos mesmos. Embora seja de realçar que um ídolo é sempre imortal enquanto a sua memória for relembrada.

Quando as grandes referências da nossa vida simplesmente de evaporaram, começamos a perceber que o tempo não pára e é precisamente aí que paramos para lamentar a perda e prometer a nós mesmos que iremos dar mais valor à vida. O que na realidade é uma promessa vã e esquecida em pouco tempo. Infelizmente.

É de referir que existem ainda outro tipo de ídolos e heróis, mais importantes e especiais, aqueles que como nós levam uma vida normal, mas ao nosso lado. Esses ídolos são só nossos. Como que ídolos privados com quem temos o prazer de compartilhar a nossa vida. São igualmente imortais em nós. Refiro-me a um pai, a uma mãe, a um avô ou até a um tio. Esses são os ídolos do nosso sangue, que nos transmitiram valores, e pautaram a nossa conduta.

Ídolos e heróis são parte da nossa história.