Com o recente lançamento da PlayStation 4, em finais do ano passado, o público em geral deu-se conta da chegada de uma nova geração de consolas.

Para sermos rigorosos, aquela que é comummente considerada a 8ª geração de consolas começou ainda em 2012, com lançamento da Wii U, por parte da Nintendo. Contudo, talvez por não apostar em visuais deslumbrantes com tecnologia tão avançada como as concorrentes, o lançamento da Wii U passou um pouco despercebido ao público em geral, que pareceu não apreender de imediato de que se tratava efectivamente do lançamento de uma nova consola Wii, e não de uma nova edição da primeira Wii ou de um qualquer novo acessório desta. O nome escolhido também não foi o mais indicado para contrariar essa ideia, e assim, a adesão do público ficou um pouco abaixo das expectativas. No entanto, este avanço temporal leva a que a Wii U seja, neste momento, a consola de nova geração líder de mercado a nível mundial, tal como de resto a antiga Wii foi, e ainda é, na geração anterior.

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Para jogadores mais hardcore, mas sem esquecer o mercado casual e juvenil, afiguram-se duas consolas que lutarão pelo mesmo mercado: A Xbox One, da Microsoft, e a PlayStation 4, da Sony. Apesar da marca PlayStation reinar confortavelmente em Portugal há bastante anos, a verdade é que, a nível mundial, na geração anterior, a Xbox 360 esteve praticamente sempre à frente da PlayStation 3 (mas atrás da Wii) no total de unidades vendidas.  Apenas no início de 2013, mais de sete anos após o lançamento da Xbox 360, a PlayStation 3 conseguiu recuperar o atraso que tinha (foi lançada um ano mais tarde), e ultrapassar a concorrente em número total de unidades vendidas. Este equilíbrio, embora represente uma realidade muitas vezes desconhecida do comum jogador português, permitiria em princípio antecipar que esta nova geração fosse das mais promissoras de sempre.

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Até que a Microsoft decidiu apresentar a nova Xbox One, naquele que porventura ficará para a história como um dos maiores desaires da empresa a nível de relações públicas, e um dos anúncios menos bem sucedidos desta indústria. Entre outros aspectos, a necessidade da consola ligar pelo menos uma vez por dia à Internet para poder continuar a ser jogada, e o fim da possibilidade de emprestar, comprar ou vender jogos em segunda mão em formato físico como até agora se fazia, não foram nada bem recebidos pelos jogadores. Na era das redes sociais, gerou-se uma onda de contestação como nunca antes havíamos assistido, de tal forma que a Microsoft em poucas horas foi obrigada a repensar tudo o que acabara de anunciar, de modo a corresponder às expectativas e exigências feitas pelos jogadores, voltando com a sua palavra atrás (pelo que a consola funcionará, nos aspectos referidos, tal como todas as outras).
A poeira assentou, mas o mal estava feito, e muitas mentes já decididas.

Mas a “guerra” das consolas ainda agora vai no início, nada está decidido, tudo continua em aberto. Se alguma lição podemos retirar da geração anterior, é de que se trata de uma maratona que dura vários anos, e não um sprint.

Para a semana olharemos melhor para ambas as consolas.

Eduardo Santos – TakeitGame

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