A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Odivelas, em nota de imprensa enviada ao Odivelas Notícias, toma posição face aos Projetos de Resolução apresentados na Assembleia da República pelo BE, PCP, PEV e PS, sobre a situação dos transportes públicos para o Hospital Beatriz Ângelo e que foram rejeitados com os votos contra do PSD e do CDS/PP.

Publicamos na íntegra essa nota:

No âmbito da apreciação da Petição sobre Transportes para o Hospital de Loures, na Sessão Plenária da Assembleia da República realizada dia 28 de fevereiro, foram apresentados projetos de resolução por parte do BE, PCP, PEV e PS. A votação destes projetos teve lugar dia 7 de março e foram rejeitados pelos deputados do PSD e do CDS.

Lembramos que a Petição intitulada Queremos condições de acesso ao Hospital de Loures, subscrita por 6.103 pessoas foi entregue pela Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Odivelas (CUTPO), em junho de 2012. Na Petição exigia-se a tomada de medidas que garantam à população um serviço de transportes públicos que permita aceder aos cuidados de saúde prestados pelo Hospital, designadamente:

Criação de carreiras diretas Minibus com entrada no recinto do hospital;

Criação de um título de transporte próprio para acesso ao hospital, com custos substancialmente mais baixos que os atuais;

Alargamento da coroa do passe L1 até ao Hospital;

Colocação de abrigos e bancos nas paragens das carreiras;

Os Projetos de Resolução apresentados pelos quatros partidos estabeleciam um conjunto de recomendações ao governo que, a serem implementadas, respondiam às necessidades da população.

Com a rejeição destes projetos os deputados do PSD e CDS demonstram um completo desrespeito e indiferença pelas dificuldades vividas por largos milhares de utentes para quem uma deslocação ao Hospital constitui um verdadeiro tormento.

Tendo iniciado o seu funcionamento em janeiro de 2012, a inauguração oficial do Hospital, com toda a pompa e circunstância, teve lugar dia 10 de março desse ano. Faz hoje precisamente dois anos!

É inaceitável que passado este tempo os utentes se continuem a confrontar com tantas dificuldades de acesso.

Não vamos cruzar os braços!

Vamos denunciar esta situação junto da população e decidir novas ações a desenvolver.