Não há machado que corte a raiz ao pensamento. Não há morte para o vento, não há morte… Peço-vos desde já o especial favor de não me perguntarem porque abri esta crónica com o início da canção Livre, com letra de Carlos Oliveira e música e interpretação de Manuel Freire, porque muito sinceramente não saberia responder-lhes. Mas a verdade é que comecei assim e por isso nada a fazer. Por acaso até há e por isso aqui vai o final da canção: «Nada apaga a luz que vive, num amor num pensamento, porque é livre como o vento, porque é livre!».

É verdade, é muito estranho o conceito de liberdade. Lutei para ser livre. Levei algumas galhetas e uns bons banhos de agulheta de uns sinistros carros azuis e até fui parar a Caxias. A Revolução dos Cravos trouxe-nos a Liberdade. É verdade… Sou livre para gritar o que me vai na alma mas… se não fosse esta minha crónica onde gritaria? Onde gritam os milhares de cidadãos que sofrem no pêlo a austera austeridade? Pois tá-me a dar, não é o que já estão a pensar…

Bom croniquemos então e deixemo-nos de fitas. É o que querem, não é?

No dia 30 de maio fui ao Centro Cultural Malaposta assistir à apresentação do novo disco de Carlos Alberto Moniz, Resistir de Novo. Gosto do homem… Calma nada de confusões, gosto do homem como cantor e resistente. Entendido? Ok…
Achei importante que alguém repescasse as canções que trauteei noutros bons e velhos tempos. É importante e faz falta avisar a malta. Mas a malta às vezes não gosta de ser avisada. Fiquei triste que, num evento daquela natureza e ainda por cima à borlix a sala café teatro não estivesse completamente cheia. Mas que fazer, a malta mesmo avisada está mais numa de Beijo do Escorpião ou Belmonte, ou num canal mais abaixo Amor à Vida ou A Guerreira, ou dois canais mais abaixo, Bem-vindos a Beirais.

Para além do Carlos Alberto Moniz (é verdade, por onde andará a Lúcia) falaram Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril e Mário Máximo, presidente da Municipália. Gostei de os ouvir a todos e adorei a entrevista que o Odivelas Notícias fez aos três e que pode ver na edição digital deste seu semanário. Parabéns Carlos. Calçar as pantufas não é mesmo o nosso género. Continua amigo porque faz mesmo falta avisar a malta, mesmo aqueles que não querem ser avisados. Lembram-se daquele poema do Brecht que começa assim: «Primeiro levaram os comunistas, mas eu não me importei porque não era nada comigo» e que acaba assim: «Agora levaram-me a mim e quando percebi, já era tarde». Pois há quem não acredite em bruxas mas olhem que eu acredito no que dizem os espanhóis acerca disto…

Se o Livro dos Recordes ou na linguagem original, Guinness World Records investigasse quem era o autarca com mais ausências nos sítios onde era suposto estar presente se calhar prémio até vinha para Odivelas. É verdade, eu sei que vossemecês podem pensar que o Finório tem alguma animosidade congénita contra a senhora mas olhem que não é assim. Apenas tenho a obrigação de salientar o que sei, e o que sei é por exemplo que na última reunião da assembleia municipal estava lá toda a vereação menos… Adivinharam! A ausente era mesmo a vereadora Sandra Pereira. Ao ver a falta acreditei logo que valores mais altos se tinham levantado e que a senhora teria algo inadiável para fazer e acertei. Pelo Facebook fiquei a saber que a senhora autarca estava no Rock In Rio. Falta justificada. O Zé também gostaria de ter ido mas a reforma disse que não havia saldo em caixa para o bilhete.

No fim de semana o Moto Clube de Odivelas fez 13 anos. Número que pode assustar os supersticiosos mas que não assustou a malta das motos e vai dai fizeram uma festa de arromba no Pinhal da Paiã. E depois dos foguetes apanharam as canas, ou seja depois da festa deixaram o Pinhal limpinho… Parabéns pelo aniversário, parabéns pela vossa atividade e parabéns pela festa. O Zé adorou…

Este tempo do faz frio agora e calor daqui a bocadinho mexe cá com o Zé e por isso estou sonolento e não consigo escrever mais… Desculpem qualquer coisinha que o Zé merece… Volto para a semana, ou não.

Gambuzino ao saco…

Gambuzino ao saco…