Na segunda-feira, 28 de julho, o candidato a secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, esteve no Centro de Exposições de Odivelas para apresenta a sua candidatura Mobilizar Portugal. Cerca de centena e meia de pessoas participaram nesta sessão onde o candidato apresentou a sua Agenda da Década para mudar Portugal.

O auditório do Centro de Exposições de Odivelas estava cheio com perto de 150 pessoas entre as quais figuras conhecidas do PS Odivelas, ligadas à política e às autarquias socialistas do concelho, bem como Marques Perestrelo, presidente da FAUL. As intervenções estiveram a cargo de Hugo Martins, presidente da Comissão Política Concelhia de Odivelas; Miguel Cabrita, presidente da Assembleia Municipal de Odivelas; Susana Amador, presidente da Câmara Municipal de Odivelas e António Costa, candidato à liderança nacional do PS e a primeiro-ministro.

«Não podemos defraudar os portugueses»

Hugo Martins

Hugo Martins considerou António Costa «Um dos nossos, porque esta casa também é tua. Odivelas e Loures são territórios onde sempre foste muito acarinhado».
O líder da CPCO afirmou que «Odivelas é uma concelhia grata e que olha para este processo com bastante responsabilidade. O PS e o país vivem um momento único. Há uma emergência nacional onde não podemos defraudar as pessoas, não podemos defraudar os portugueses e a disponibilidade do António Costa, neste momento difícil, em dizer estou cá, contem comigo, estou disponível para liderar o país, para mobilizar Portugal, tem de ser louvada e elogiada».

Intervenção completa de Hugo Martins em áudio:

Primárias dão uma nova dimensão à política

Miguel Cabrita

Miguel Cabrita considerou que o momento que hoje se vive em Portugal pode chamar muita gente para a política por dar um momento de realidade às coisas, referindo-se ao processo das primárias no Partido Socialista. «O processo das primárias, embora talvez nascido no momento errado e da maneira errada, vai dar ao PS e à democracia portuguesa um efeito de contacto e de realidade com a política que as pessoas normalmente não têm».

Intervenção completa de Miguel Cabrita em áudio:

«Portugal e o PS precisam de António Costa»

Susana Amador

Susana Amador disse a António Costa que «Odivelas reconhece a sua capacidade, inteligência e liderança» e que a concelhia de Odivelas «É uma das maiores da FAUL em militância e intervenção política».
Criticando a política do atual Governo, a edil odivelense afirmou que «Há mais pobres, menos competitividade e mais desempregados. As pessoas têm de estar no centro da política. Não podem ser os algarismos a mandar». Susana Amador acusou Passos Coelho de não acreditar em nada nem em ninguém e de estar a destruir a escola pública e o Serviço Nacional de Saúde.
Quanto a António Costa a oradora considera que o que o candidato já fez até hoje é a garantia do que irá fazer no futuro como primeiro ministro de Portugal. «Sabemos que contigo o país estará em boas mãos. Portugal precisa de ti, o PS precisa de ti»

Intervenção completa de Susana Amador em áudio:

«É preciso quebrar a estagnação geral,

devolver a confiança às pessoas

e travar a austeridade»

António Costa

António Costa condenou «O brutal choque de austeridade» a que o Governo submeteu o país para conter o défice e a dívida afirmando que «O Governo falhou» porque nem o défice está controlado nem a dívida diminuiu. Tendo passado de 97% do PIB para 137%.
Para António Costa é preciso dar um rumo ao país e resolver os problemas estruturais e por isso o candidato propõe a Agenda para a Década um programa que irá à raiz do problema e define uma estratégia com principio, meio e fim. O candidato disse que é preciso romper com as vistas curtas e que «Quem pensar como o Governo tem pensado acabaria a governar como o Governo tem governado» referindo-se certamente ao seu adversário na corrida à liderança socialista.
O candidato defendeu que é preciso motivar a sociedade portuguesa e devolver a esperança às pessoas interrompendo este ciclo económico de incapacidade de crescer, criar emprego e relançar a economia. «Ninguém tem confiança no que vai acontecer amanhã. É preciso quebrar a estagnação geral, devolver a confiança às pessoas e travar a austeridade».

Intervervenção completa de António Costa em áudio:

 

Texto, fotografias e recolha de áudio: Henrique Ribeiro