É uma febre, uma tendência, um vício socialmente adquirido, chamemos-lhe o que quisermos mas as redes sociais dominam o quotidiano de grande parte da população.
A existência das redes sociais veio de facto facilitar a comunicação entre os indivíduos, sobretudo numa época em que o tempo é escasso. O seu fácil acesso permite comunicar com qualquer parte do mundo, a qualquer hora, acabando com constrangimentos associados à distância e ao tempo. Na realidade tudo passa a depender de um único clique. E isto é sem dúvida uma vantagem. Do mesmo modo que partilhar momentos importantes para nós com os nossos amigos é mais fácil e satisfatório.
No entanto, existe uma propensão auto imposta de expor a vida nas redes sociais, seja através de fotografias ou simples pensamentos ou estados de espírito. Os indivíduos acabam não só por comunicar com outros nas redes sociais, como também por expor a sua vida, muitas vezes em demasia. Muitos chegam ao ponto de informar o que comem, as idas ao hospital, os problemas familiares, etc. Embora cada pessoa seja livre de expor a sua vida, a verdade é que as redes sociais só vêm contribuir cada vez mais para a inexistência da privacidade. Aliás, numa época como a que vivemos é quase impossível não encontrar quem quer que seja numa rede social, até mesmo um desconhecido. É certo que também traz a vantagem de determinados indivíduos se reencontrarem após anos de desencontro. Porém, também é uma mina para os depravados. Não falando no perigo de encontros às cegas e acesso de crianças a estes meios.
É importante que a utilização das redes sociais seja algo responsável, e que se tenha os devidos cuidados na exposição da nossa vida. Nem todas as pessoas que frequentam as redes sociais têm por objectivo comunicar ou fazer novas amizades. A realidade em que vivemos mostra precisamente o contrário, muitos golpes e tragédias têm como base as redes sociais. Por isso, use e abuse mas com restrições, com bloqueios a quem não conhece, partilhe a sua privacidade com quem conhece e merece, não com o mundo, até porque o mundo há muito que deixou de ser um local seguro.