Na segunda-feira, 2º de janeiro, tomaram posse os novos órgãos da Comissão Política Concelhia de Odivelas do Partido Socialista, em cerimónia que decorreu no Pavilhão Polivalente de Odivelas.

 

Na mesa do evento estiveram Hugo Martins, presidente da Comissão Política Concelhia de Odivelas; Susana Amador, presidente da Câmara Municipal de Odivelas; Miguel Cabrita, presidente da Assembleia Municipal de Odivelas e Marcos Perestrelo, presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa, tendo todos eles proferido intervenções. Nesta peça apenas daremos conta das intervenções de Hugo Martins e Miguel Cabrita por dificuldade de acesso às outras duas.

Hugomartins

 «O PS teve a maior vitória de sempre no nosso Concelho»

 Na sua intervenção, o reeleito líder dos socialistas de Odivelas sublinhou a maioria absoluta do PS no executivo municipal considerando que tal facto provou que «Quando todos estão disponíveis para colaborar, que quando se coloca o coletivo acima das ambições individuais, os resultados são probabilissimamente mais favoráveis, e tendem a alcançar o desejado sucesso».

Hugo Martins disse ainda que nas autárquicas de 2013 «O PS teve a maior vitória de sempre no nosso Concelho, tendo ganho cinco das seis eleições e em duas delas com maioria absoluta».

Para o líder socialista «Este passado recente constituiu uma grande lição: não era tanto as forças dos nossos adversários que nos deveria preocupar mas as nossas fraquezas».

Também a renovação dos quadros socialistas em Odivelas foi referida nesta intervenção sublinhando que «Em quatro presidentes de junta, três são do PS e dois têm menos de 40 anos. Elegemos quatro vereadores, num total de seis membros do executivo, com menos de 40 anos e temos um presidente da Assembleia Municipal que também ainda não completou 40 anos. Pensámos no presente com os olhos postos no futuro».

O orador sublinhou também que o PS elegeu mais de 50 autarcas no concelho o que corresponde a quase 50% dos mandatos, bem como o facto de «A concelhia de Odivelas tem hoje, por mérito próprio, a Susana Amador como Vice-Presidente da ANMP e como membro do Secretariado Nacional do PS – temos muito orgulho nisso e tenho uma particular satisfação enquanto Presidente da CPCO. E essa é também a prova de que temos, aqui no nosso seio, militantes com qualidade para desempenhar cargos de responsabilidade politica e partidária em toda a escala».

Hugo Martins dirigindo-se aos militantes socialistas afirmou que «A criação de uma alternativa a este Governo que diariamente está a empobrecer o nosso País, passa, em grande parte, também pelo nosso trabalho e pelo nosso empenho diário, nas autarquias, como nas estruturas partidárias locais, demonstrando que a esperança de um novo rumo para Portugal está no PS», lembrando que ao longo do mandato desta comissão política vão acontecer quatros actos eleitorais. Em 2014 para o Parlamento Europeu, em 2015 para a Assembleia da República, em 2016 para a Presidência da República e em 2017 para as autarquias locais. «Compete-nos, por isso, a nós, militantes de base do PS, sermos também os catalisadores dessa mudança, tão necessária para Portugal. Todos estamos convocados para essa enorme tarefa».

A maioria absoluta do PS na Câmara Municipal de Odivelas é, para Hugo Martins, uma responsabilidade acrescida. «Partimos, em 2012, de um slogan que afirmava “Mais PS, Melhor Odivelas”. Começamos hoje a “Consolidar Odivelas”. A população deu-nos a sua confiança, quase esmagadora, para governar o concelho. Não podemos desiludir aqueles que em nós acreditaram – temos essa grande responsabilidade coletiva». O orador considerou que «Esta CPCO tem duas enormes tarefas: por um lado dar estabilidade e apoio aos nossos autarcas eleitos e, paralelamente, dar continuidade e solidificar o projeto político do PS para o concelho de Odivelas».

Falando no futuro, Hugo Martins disse que «Alguns afirmam que o nosso adversário político em 2017 é a CDU, outros referem que é o PSD. Eu sou daqueles que acredita que as outras forças políticas é que se devem preocupar com o PS e que o seu adversário político em 2017 é o PS porque o sucesso de 2017, começa a desenhar-se em 2014, em 2015, em 2016 e em 2017, porque depende largamente da nossa capacidade de concretizar, de executar, de demonstrar diariamente que somos o partido que merece governar este concelho e que está ao nosso alcance, ao alcance da nossa ambição, da nossa determinação e da nossa capacidade interna de união e de coesão, como aconteceu em 2013».

Em final de discurso Hugo Martins anunciou que no início de abril irá convocar as 1ªs Jornadas Autárquicas do PS Odivelas, «Que contarão com a presença de todos os autarcas eleitos no Concelho, com o objetivo de refletirmos e analisarmos o que foram os primeiros 6 meses de gestão deste mandato».

Miguel Cabrita

Miguel Cabrita considerou que esta CPCO entra em funções num momento alto da história do PS Odivelas porque em 2013 «O PS conseguiu a vitória mais robusta a nível local. Os 39,5% conseguidos para a CMO, com Susana Amador, garantiram feitos inéditos: uma maioria absoluta de vereadores e deixar o segundo partido, a CDU, a mais de 18%. Além disso, o PS ganhou três das quatro Juntas de Freguesia: com Nuno Gaudêncio, reconquistou a sede do concelho; garantiu uma maioria absoluta sem precedentes na Póvoa e no Olival Basto com Rogério Breia; e na Pontinha e Famões conseguiu, com Corália Rodrigues, um excelente resultado».

Também Miguel Cabrita considerou que estes resultados representam «Uma responsabilidade acrescida num mandato que não vai ser fácil. Será necessário assegurar o cumprimento de um programa eleitoral com compromissos ambiciosos e criar condições para consolidar estas vitórias em 2017 num contexto ainda marcado, como já se previa, por uma crise prolongada, pela asfixia do poder local e pela ausência do investimento do poder central em Odivelas, ao contrário do que sucedeu com os Governos PS no passado».

Para o orador «O êxito do mandato 2013-2017 vai depender da capacidade – que Susana Amador já mostrou no passado – de, continuando o reforço da sustentabilidade financeira do município, começar desde já a lançar os compromissos mais estruturantes para este quadriénio. Para que possam, com tempo, ser concretizados. É um equilíbrio difícil, mas é essa a responsabilidade que os eleitores nos confiaram. E é esta a ambição que tem de nortear este mandato, porque a capacidade de concretizar é uma marca das políticas autárquicas do PS, já com provas dadas – e resultados visíveis – em Odivelas».

No que respeita à CPCO o presidente da Assembleia Municipal considerou que este órgão tem a responsabilidade de «Dar ao executivo camarário todas as condições de confiança, de estabilidade e de força para que, como no passado recente, a coesão interna em torno do projeto socialista para Odivelas seja um fator crítico de sucesso para o futuro. Num mandato tão complexo, todos – das bancadas do executivo e da Assembleia Municipal à CPCO – têm de estar à altura e contribuir para o reforço deste caminho de desenvolvimento do nosso concelho».