É este o nome “pomposo” dado ao que denominamos de aborto. O aborto consiste na interrupção da gravidez, em muitos locais esta prática é legal e noutros é considero crime. Em Portugal o aborto foi legalizado em 2007, embora só possa ser consumado de forma legal até à décima semana de gestação, por expressa vontade da mulher independentemente dos motivos inerentes.

A legislação de suporte ao aborto obriga a que a mulher tenha acompanhamento psicológico e social, seja encaminhada para uma consulta de planeamento familiar e seja devidamente informada de todas as condições subjacentes à prática do aborto bem como as consequências que acarreta à saúde da mulher. É portanto, imperativo que a mulher esteja consciente da decisão de interromper a gravidez, e seja acompanhada por profissionais especializados. Isto porque, na realidade, estão em causa no mínimo duas vidas, a da mulher grávida e do feto.

Os debates em torno da questão: O feto é um ser humano? Ou, o feto é uma vida?, ainda se mantêm na atualidade.

Esta questão ultrapassa os limites da medicina e entra mesmo no campo da ética e da moral, sendo as opiniões bastante divergentes.

O aborto é também passível de ser realizado até às dezasseis semanas de forma legal quando a gravidez é fruto de uma violação. Até às vinte e quatro semanas em caso de má formação do feto. Ou a qualquer momento caso se verifique risco de vida ou perigo de lesões graves para a saúde da mulher.

Uma interrupção da gravidez que não se insira em nenhum dos casos supracitados é suscetível a uma punição de três anos de prisão.

As implicações que uma gravidez tem na vida de uma mulher, são variadas. A decisão de ter um filho deve ser algo bem ponderado, sobretudo porque estamos a falar de um ser humano totalmente dependente dos pais e de um laço vitalício. Não se pode simplesmente desistir de ter um filho ou enjoar de cuidar dele, é uma responsabilidade que se assume perpetuamente.

Da mesma forma, interromper uma gravidez deve ser igualmente ponderado, não só pelo risco que acarreta, mas também porque estamos a falar de um ser humano inocente, cuja vida está nas mãos da mulher que o gerou.

A panóplia de métodos contracetivos existentes vêm apelar ao sexo seguro e responsável numa tentativa de evitar, não só mas também, situações como estas. O fim do aborto começa sobretudo na consciência e responsabilidade da mulher na prevenção de gravidezes indesejadas.