Fazal AhmadA Associação Ahmadia do Islão em Portugal nasceu em 1987 e tem mais de 200 membros de Odivelas, Loures, Amadora, Oeiras bem como de outras cidades do país e tem as suas instalações na Quinta do Zé Luís na freguesia da Pontinha. O Odivelas Notícias foi convidado a conhecer melhor esta associação e a Comunidade Muçulmana Ahmadia e a estar pressente na Conferência Histórica das Religiões Mundiais que se realizou no dia 11 de fevereiro no Guidhall, em Londres.

Fazal Ahmad, Chefe Missionário da Associação Ahmadia do Islão em Portugal, explicou ao Odivelas Noticias que os objetivos da associação são «Aproximar as pessoas de Criador; propagar o Islão tal como foi interpretado e explicado pelo fundador da Comunidade Muçulmana Ahmadia e pelos seus sucessores; educar os membros da Associação para que se tornam úteis para o país e a sociedade em geral; transmitir a mensagem do Messias Prometido, o fundador da Comunidade Muçulmana Ahmadia aos lusófonos; promover o estudo comparativo da religião e ajudar as pessoas necessitadas, órfãos, viúvas, doentes e outras pessoas com deficiência. Esta Associação apresenta os ensinamentos reais do Islão baseados em paz, amor e fraternidade. A Comunidade Muçulmana Ahmadia é internacionalmente conhecida por sua reputação pacífica, tem como o lema: “Amor para todos, Ódio para ninguém”».

No que respeita às atividades religiosas «Além de cinco orações diárias, os membros da associação também se reúnem nas sextas-feiras para ouvir o sermão de Imã e rezar oração de Jumu’a. Os membros da comunidade estão divididas nas organizações auxilares tal como Ansarullah (os homens com idade superior aos 40 anos), Khuddamul Ahmadia (os jovens com idade entre 15 e 40 anos), Atfalul Ahmadia (os mininos com idade entre 7 e 15 anos), Lajna Ima’illah (as mulheres com idade superior aos 15 anos) e Nasiratul Ahmadia (as meninas com idade entre 7 e 15 anos). Cada organização auxiliar tem atividades religiosas e desportivas nos fins de semana tal como aulas de aprender O Sagrado Al-Corão, informações religiosas, discursos sobre temas morais, concursos académicos, Kulu Jamiá (partilhar refeições) e entre outras. As organizações auxiliares organizam os jogos de salão e as atividades ao ar livre. Cada ano no mês do outubro a Associação organiza convenção anual em que participam os membros da Comunidade Muçulmana Ahmadia e convidados das outras religiões. A comunidade também celebra alguns dias tal com dia do nascimento do Sagrado Profeta Mohammad, dia do Messias Prometido, dia do Califado em base anual».

Além das atividades religiosas, «A Associação Ahmadia do Islão realiza obras sociais importantes, tais como, fornecer alimentos para as pessoas carentes, fornecer ajuda médica para as pessoas, a doação de sangue e prestar serviço de limpeza na vizinhança. Outras atividades da nossa Associação são nomeadamente, organizar exposições de livros e literatura e os simpósios inter-religiosos para promover a harmonia e a compreensão entre religiões (onde representantes de todas as religiões são convidados a expressar características marcantes das suas religiões e, assim, aumenta a tolerância entre as religiões)».

A Comunidade Muçulmana Ahmadia não tem ainda mesquita em Portugal e realiza os seus cultos e atividades religiosas em lugar reservado para o efeito nas suas instalações na Quinta do Zé Luís, que serve como mesquita temporária, estando a tentar adquirir um terreno nos concelhos de Odivelas, Loures ou Lisboa para construir a sua primeira mesquita em Portugal.

«O objetivo principal de estabelecer uma mesquita central é ajudar os membros da comunidade para desfrutarem de seu direito básico de cumprir as suas obrigações religiosas. A existência de uma mesquita é indispensável para os membros da comunidade e também vai ajudar a trabalhar muito mais para o bem-estar social.

Com uma mesquita própria, a comunidade teria muito mais atividades religiosas e sociais. Além disso, a associação quer estabelecer uma biblioteca conjunto com a mesquita que beneficiará não só os membros da comunidade, mas, também a comunidade vizinha. A formação de várias valências seria dada aos jovens, tal como as atividades desportivas que ajudarão na elevação social e moral. A associação seria mais produtiva em cuidar das pessoas pobres da sociedade».

Fotografias: AAIP