Pois é, caros leitores… Estaremos nós a assistir à decadência do Futebol? Pois… Sinceramente este é um assunto que dá água pela barba.

No futebol de formação infelizmente tenho assistido e relatado situações incríveis de comportamentos inadequados e hostis tanto para jogadores como para as equipas de arbitragem. Mas neste caso os assistentes mantém-se fiéis a este fenómeno porque são os familiares dos atletas, portante as audiências médias de espectadores não sofrem muito com a falta de qualidade dos executantes ou pela equipa de arbitragem. Os ditos fenómenos exteriores ao jogo ou do “Entroncamento” nesta situação quero querer que são inexistentes mas não ponho as mãos no fogo por ninguém.

No futebol da liga profissional é que as coisas são bem diferentes. Os três ou quatro grandes como lhe queiram chamar tendem a manter as audiências médias nos estádios graças a algumas estratégias engenhosas de marketing para trazer adeptos aos seus estádios.

A televisão retira muito público dos campos em troca do conformo que se tem em casa, no seu sofá, tendo inclusive direito às respetivas repetições dos lances capitais do jogo e respetivos comentários que, na maior parte das vezes, são mais controversos que a própria decisão do árbitro.

A troca de horários por vezes desajustados provoca a falta de fidelização de ir á bola ao Domingo á tarde como antigamente.

Claro que a televisão trás com ela verbas que ajudam a compor os orçamentos anuais das equipas mas…

O que me preocupa seriamente é os ditos jogos pequenos, se existem jogos pequenos, e a falta de público nesses estádios onde, na maioria das vezes, a lotação do estádio está desadequada á massa associativa do clube. Neste sentido temos nestas competições mais importantes em Portugal assistências médias de 2 a 3000 adeptos não chegando maior parte das vezes para suportar os encargos com a cota de organização do jogo e para pagar o policiamento. E, dizem vocês porquê?

Na maior parte das vezes pelo mau espetáculo proporcionado a quem se desloca ao estádio pelos jogadores e pelas equipas de arbitragem, depois, o excesso de estrangeiros no futebol português retirando espaço ao jogador português não havendo referencias e ídolos a seguir. Acabaram-se os Eusébios, Figos, Rui Costa, Chalanas, Damas, João Pinto, Oliveira, Jordão, Rui Aguas, Vítor Baia, Jorge Costa e os Velosos  entre tantos outros jogadores que não seria possível enumerar.

Péssima qualidade de execução e esquemas táticos super defensivos retiram brilho e espetacularidade a este jogo onde o objetivo é marcar golos!

Todos estes e muitos mais fatores afastam o público dos estádios.

A violência física e a agressão verbal gratuita nem comento…

A situação generalizada de incumprimento e falências técnicas nos clubes das ligas profissionais também não ajudam nada.

As arbitragens pouco esclarecidas e o posicionamento de grande parte dos dirigentes que tem mais tempo de antena que os próprios jogadores, que esses sim são os verdadeiros artistas, também não ajuda muito.

Acho que todos em conjunto deveríamos debater este problema que está a afetar ou a matar a paixão que temos pelo desporto rei em Portugal

Ainda estamos a tempo? Claro que sim!

Desde que as clubites fiquem em casa e o futebol seja o verdadeiro fator de união e discussão.

Só depende de todos os interlocutores deste fenómeno que ainda continua a arrastar multidões, mas por quanto tempo?

E a troco de quê?

Deixo aqui este alerta!

Estaremos nós a assistir à decadência do Futebol?