Esta sexta-feira, 28 de fevereiro, a Assembleia da República vai apreciar, em sessão plenária, a Petição sobre Transportes para o Hospital de Loures, que foi subscrita por mais de 6.100 pessoas e entregue  pela Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Odivelas (CUTPO), em junho de 2012.

Esta petição foi analisada pela Comissão de Economia e Obras Públicas, que, para além de audiências com a Comissão de Utentes, promoveu diligências junto de várias instituições como a  Autoridade Metropolitana dos Transportes de Lisboa e o  Hospital Beatriz Ângelo, tendo também solicitado parecer à Comissão Parlamentar de Saúde.

O relatório final foi aprovado em dezembro de 2013  e reconhece que o objeto da petição é claro, que preenche os requisitos formais previstos na lei e cumpre os requisitos que implicam a sua apreciação no Plenário da Assembleia da República.

Em nota de imprensa enviada ao Odivelas Notícias a CUTPO lembra que «A petição foi entregue seis meses após a abertura do Hospital e nela se exigem transportes que garantam o acesso ao Hospital, condição fundamental para assegurar o direito aos cuidados de saúde, designadamente: Criação de carreiras diretas Minibus (tipo Voltas), com entrada no recinto do hospital e com prolongamento do horário noturno; Criação de um título de transporte próprio para acesso ao hospital, com custos substancialmente mais baixos que os atuais; Alargamento da coroa do passe L1 até ao Hospital e  Colocação de abrigos e bancos nas paragens das carreiras».

Hoje, passados dois anos sobre a abertura do Hospital, «Os problemas de fundo mantêm-se: a não entrada das carreiras no recinto do hospital (exceção feita para a carreira 301 mas que implica a deslocação até Loures na carreira 204 e fazer o transbordo, pagando novo bilhete); a falta de transportes diretos da generalidade das freguesias; os custos elevados das tarifas, agravado pelo facto de terem que ser feitos transbordos; o não alargamento da coroa L1 até ao hospital» diz também a CUTPO.

A nota sublinha que «Contudo, que em resultado da pressão que os utentes têm feito, se verificou o prolongamento dos horários de algumas carreiras e a colocação de abrigos nas paragens, embora estes não tenham proteção lateral, o que, no Inverno constitui um grande desconforto dado tratar-se de uma zona muito ventosa». A comissão de utentes «Encara com grande expectativa a apreciação deste assunto no Plenário da Assembleia da República, esperando que as daí resultem conclusões que respondam às necessidades da população».