125º Aniversário da comunidade Ahmadia Muçulmana Efeméride assinada pela Associação em Odivelas

A Associação Ahmadia do Islão em Portugal, filial da Comunidade Ahmadia Muçulmana Internacional comemorou, no dia 23 de março de 2014, o seu 125º aniversário.
Os membros reuniram-se na sede situada na Quinta do José Luís, Pontinha. O programa começou às 14h30 com a recitação do Sagrado Al-Corão seguido pelo poema e três discursos e terminou às 17h00. Os palestrantes falaram sobre os vários aspetos da vida do fundador da Comunidade Ahmadia Muçulmana.
Fazal Ahmad, o presidente e o chefe missionário da Associação Ahmadia do Islão em Portugal disse que os seguidores de todas as grandes religiões aguardavam o advento de um Prometido nos Últimos Dias como previsto nas suas Escrituras Sagradas. Os hindus aguardavam pelo Krishna, os Judeus e os Cristãos pelo Messias, os Budistas pelo Buda e os Muçulmanos aguardavam pelo Imam Mahdi e Messias.
Ele disse que sob a orientação Divina, Hadrat Mirza Ghulam Ahmad declarou que, de facto, apenas uma pessoa representante de todas as qualidades de um prometido em diferentes religiões havia de aparecer e finalmente a humanidade seria trazida ao mesmo aprisco de uma religião universal. Hadrat Mirza Ghulam Ahmad, o fundador da Comunidade Muçulmana Ahmadia, afirmou a ser o tal Prometido cujo advento foi profetizado em várias religiões do mundo.
A Comunidade Ahmadia Muçulmana foi fundada no dia 23 de março de 1889 por Hadrat Mirza Ghulam Ahmad de Qadian, Índia.
Ele nasceu em 1835 em Qadian, uma aldeia de Índia na província de Punjab. Era uma figura religiosa da Índia e fundador da Comunidade Ahmadia Muçulmana.
Sob a orientação Divina ele proclamou ser o Mujaddid (Reformador Divino) do século 14º do calendário islâmico, o Messias Prometido e o Imam Mahdi cuja vinda era ansiosamente esperada nesta época. Os seus seguidores são conhecidos como Ahmadis Muçulmanos. Mirza Ghulam Ahmad declarou que o profeta Jesus tinha sobrevivido à crucificação e migrou para a Caxemira, Índia, onde morreu naturalmente. Hadrat Mirza Ghulam Ahmad declarou que ele foi designado por Deus como o Messias, no espírito e poder de Jesus.
Ele viajou extensivamente em todo o subcontinente da Índia pregando suas ideias religiosas e ganhou seguidores substanciais dentro da sua vida. Ele é conhecido por ter envolvido em inúmeros debates e diálogos com os Muçulmanos, Cristãos e Hindus. No dia 23 de março 1889, ele fundou a Comunidade Muçulmana Ahmadia. Segundo ele, o objetivo da comunidade, é a propagação do Islão na sua forma pura.
Hadrat Mirza Ghulam Ahmad escreveu mais de 82 livros sobre vários aspetos religiosos, espirituais e teológicos e a sua maior obra era “Barahin-e-Ahmadia”. Ele defendeu a propagação pacífica do Islão. Devido à sua habilidade de escrita, foi dado o título de ‘Sultan-ul-Qalam’ o rei da caneta pelo Deus próprio. Ele exortou os seus seguidores a usar a habilidade da escrita para espalhar a mensagem do Islão.
A Comunidade Ahmadia Muçulmana cresceu rapidamente e encontra-se agora estabelecida em mais de 200 países com 160 milhões de seguidores.

Alguns textos dos escritos do Mirza Ghulam Ahmad, o Messias Prometido

“O mundo não me pode aceitar, porque eu não pertenço a este mundo, mas aqueles que foram dotados de espiritualidade aceitam-me e aceitar-me-ão. Quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou, mas aquele que se junta a mim, junta-se àquele a quem eu represento. Levo uma tocha, que iluminará aqueles que aproximarem de mim, mas os que se afastam com desconfianças e dúvidas serão lancados nas trevas. Sou a fortaleza invencível desta época. Quem se juntar às minhas fileiras será protegido dos ladrões, bandidos e feras.”

“Declaro com plena convicção e certeza que possuo a verdade e que com a graça de Allah, sairei vitorioso neste campo. Na medida em que posso observar com a minha vista de longo alcance, vejo o mundo inteiro envolto finalmente no manto da minha verdade. O tempo está próximo à mão de obter vitória magnífica, pois detrás das minhas palavras fala uma Voz e detrás da minha mão existe uma Mão que me apoia. O mundo não o percebe, mas eu percebo. Dentro de mim ecoa a voz de um espírito celestial que infunde vida a cada uma das minhas palavras.”

“Tenham a certeza de que esta é uma árvore plantada pela Mão de Deus. Ele nunca permitirá que se malogre. Ele não ficará satisfeito até alcançar a sua total plenitude. Ele vigiará a sua rega e fará uma cerca de proteção a volta dela. Deste modo, Deus benzerá os meus seguidores com o progressos extraordinários.”

Algumas Revelações do Hadrat Mirza Ghulam Ahmad, o Messias Prometido
“Farei com que a tua mensagem chegue aos cantos da terra.”
“Vou dar-te uma grande comunidade do Islão.”
“Eu vou conceder-te bênção sobre bênção até que os reis vão buscar as bênçãos das tuas vestes.”
“Um Avisador veio a este mundo, o mundo não o aceitou, mas Deus irá aceitá-lo e demonstrará a sua veracidade por sinais poderosos.”
Ele escreve:
“Deus informou-me repetidamente que Ele vai me conceder grande glória e incutir o meu amor nos corações das pessoas. Ele vai espalhar a minha Comunidade em todo o mundo e fará com que a minha Comunidade seja triunfante sobre todas as outras comunidades. Os membros da minha Comunidade vão sobressair em conhecimento e discernimento de tal forma que vão confundir toda a gente com a luz da sua verdade e por força dos seus argumentos e sinais. Cada nação vai beber desta fonte, e essa Comunidade vai espalhar e florescer até que rapidamente abranja o mundo inteiro. Muitas tribulações e obstáculos virão, mas Deus vai removê-los todos e vai cumprir a Sua promessa.”
“Eu vou conceder-te bênção sobre bênção até que os reis vão buscar as bênçãos das tuas vestes. Então, ó vós que ouvem! Lembrai-vos dessas coisas e mantende essas profecias seguras nas suas caixas, pois, são as palavras de Deus que um dia vão realizar. Não observo qualquer bondade em mim próprio, e não fiz as coisas que eu deveria ter feito. Considero-me não mais do que um trabalhador indigno. Era só graça de Deus que me ajudou a atravessar. Portanto, toda a gratidão é devida a Deus o Todo-Poderoso e Misericordioso, que aceitou este punhado de pó, apesar de toda a sua inépcia.”