Então cá estamos nós para mais uma crónica, escrita no rescaldo do Carnaval e no dia em que, aqui ao lado em Loures, se preparam para o enterro do Rei Mom0. Na terça-feira, porque no domingo chovia e as minhas cruzes doíam que se fartavam, fui até Loures brincar ao carnaval. E ainda bem que não fui domingo porque com as travessuras do S. Pedro o corso só desfilou uma vez e eu queria encher o papinho das belas imagens carnavalescas. Na terça-feira sim, com três desfiles vim de lá consoladinho. Não tem nada a ver com as boazonas do Carnaval do Rio de Janeiro mas ainda assim tinha umas caras bonitas. As Mastronças do Moulin Rouge iam descascaditas mas eram muito musculadas e barrigudas para o meu gosto.

Deixemo-nos de carnavalices e voltemo-nos para o quotidiano das terras de D. Dinis que é para isso que o Zé é pago.

Afinal, ao contrário do que parecia os meios do FBI ao dispor da minha amiga Penélope Garcia conseguem superar os da contra-informação odivelense. E, agora sim, é possível contar a história toda do célebre almoço a que me referi já em duas crónicas e que juntou o senhor vereador professor de matemática e o senhor chefe de gabinete, enfermeiro. Afinal não houve acordos secretos nem perspectivas de mudanças de cor. Então afinal de que se tratou, perguntarão vossemecês? Nada de especial, tenho de admitir. A doutora presidenta reúne regularmente com os senhores vereadores e foi apenas disso que se tratou. Ah e a senhora não identificada era afinal a edil de Odivelas. Eh pá, perdoem-me, ainda não conheço bem todas as caras.

Apeteceu-me ir à última reunião pública da Câmara Municipal de Odivelas. Afinal sou cronista cá do burgo e tenho de conhecer bem estas coisas. Fiquei triste quando não vi a senhora vereadora Sandra Pereira. Afinal mais uma cara bonita seria sempre agradável, não seria? Bom mas a verdade é que não estava e, até fez falta, porque no período destinado ao público um munícipe levantou questões do seu pelouro. Mas prontos, certamente que a falta foi justificada e maiores interesses se terão levantado.

Nas eleições autárquicas de 2013 o CDS/PP elegeu para a Assembleia Municipal de Odivelas (AMO) a senhora deputada na Assembleia da República e doutora Isabel Galriça Neto que passou assim a ser também deputada municipal. Mas, na maioria das muitas reuniões já feitas a doutora primou pela ausência, só tendo estado presente uma vez. Numa outra reunião pediu suspensão temporária e entrou o número dois o meu homónimo Zé Maria com apelido esquisito que eu não sei escrever. E, segundo as má línguas não quer pedir demissão ou suspensão para permitir que o Zé Maria a substitua. Assim o CDS/PP eleger elegeu mas ficou sem voz em todas as sessões da AMO. Ah é verdade, segundo o Zé ouviu dizer a deputada achou que as reuniões da AMO eram uma vergonha. O Zé compreende, habituada às sessões da AR onde só falta bater na avó e cuspir na sopa deve ter achado as sessões da AMO um bocado estranhas. Oh senhora deputada se tivesse visto algumas sessões do mandato anterior com a deputada Fátima Amaral já achava mais parecenças entre as duas assembleias.

Precisei de ir à Junta de Freguesia de Odivelas na passada segunda-feira tratar de uns assuntos particulares à parte, da minha Etelvina. Bati com o nariz na porta. É verdade, o Senhor dos Paços disse que não havia tolerância de ponto, nem feriado para ninguém, mas o Senhor D. Nuno de Gaudêncio acho que a malta merecia e, em vez de um, deu dois dias. Oh senhor presidente por acaso não precisa de um cronista ai na junta?

No sábado houve um simulacro de acidente de viação perto do Urmeiras Shoping. Quando era pequenino, ou mais pequenino porque ainda agora só meço 1,53mt, dizia que quando fosse grande queria ser bombeiro. Como tinha vertigens nunca consegui vestir a farda dos soldados da paz. Mas o gosto ficou e por isso peguei no Juquinha e fui ver o simulacro. Eh pá o trânsito estava cortado e tive der deixar o Juquinha no parque do centro comercial e andar a pé. Molhei-me todo porque se fartou de chover. Mas valeu a pena. Gostei de ver o trabalho dos bombeiros. Muita fixe.

Achei estranhas algumas figuras que por lá vi, como um, que se fosse antes de abril de 1974, me faria logo fugir. Figura sinistra de sobretudo escuro, chapéu e óculos pretos. Lembram-se desta imagem. Eu lembro e até conheci pessoalmente alguns que ainda me chegaram a roupa ao pelo. Mas prontos como agora é democracia na boa, como diria a minha filha. «Sem stress papá».

No Strada (que raio de nome para um centro comercial) realizaram-se algumas conferências, no sábado, sobre a temática da Proteção Civil. Fui lá ver se ouvia alguma coisa interessante. Não ouvi… Não porque os oradores não dissessem coisas interessantes mas porque algum dos iluminados de Odivelas colocou as colunas atrás dos microfones e portanto o volume tinha de estar muito baixinho para haver feed back, ou, como sou português, retroalimentação ou realimentação. Não perceberam nada? Ok eu explico: «Retroalimentação, realimentação ou feedback, é o nome dado ao procedimento através do qual parte do sinal de saída de um sistema (ou circuito) é transferida para a entrada deste mesmo sistema, com o objetivo de diminuir, amplificar ou controlar a saída do sistema».

 

Estou quase sem espaço mas não consigo esperar para a semana para dizer isto: Uma junta de freguesia do concelho, cujo nome por agora não vou revelar, a menos de seis meses do final do mandato, fez um contrato com a Vodafone para dados, telemóvel e telefone fixo no valor de 2.800,00€ mensais. O contrato incluía 22 mil minutos de telemóvel mas só um vogal gastava perto de 5 mil e a maioria em chamadas para o estrangeiro. Pois, o Zé compreende, devia ser o vogal com Pelouro das Relações Internacionais… O Zé sabe que nesta altura, ainda sem restrições, o consumo de chamadas passou para metade e vai descer mais com as restrições que o senhor presidente dessa junta está a equacionar. Ah é o agente com quem foi feito o contrato até era de Coimbra… Ou Leiria, não percebi bem!

E antes das despidas só mais uma: Noutra junta, um dia antes da tomada de posse do novo executivo foi assinado um contrato com a TMN para mais dois telemóveis. O meu puto já me disse «Papá quando for grande quero ser presidente de junta».

Agora sim, acabei. Volto para a semana, ou não!

Gambuzino ao saco… Gambuzino ao saco!