É verdade caros leitor, mas que vida difícil que têm os Guarda-redes!

Como sabem já participei em centenas de jogos para não dizer em milhares, mas à uma coisa que sempre me atormentava, enquanto jogador, treinador e agora como dirigente: o sofrimento da vida de um guarda-redes.

Pois bem, todos sabemos que é um lugar específico. Ao contrário dos jogadores de campo que podem começar o jogo a defesa central e acabar o mesmo a ponta de lança, isso raramente acontece na posição de guarda-redes.

Faço aqui a vénia a estes, meninos, rapazes e graúdos pela coragem e pela perseverança em lutar por um só lugar na equipa.

Semana após semana, após mês ou meses de trabalho à espera de uma simples oportunidade…

Vida difícil!

Ser pai de um atleta destes e viver com o coração nas mãos que passam de heróis a frangueiros num ápice. É a vida, bem sabemos, mas injusta! Tanto trabalho, tantos castelos construídos na areia e que se desfazem numa pequena desconcentração ou escorregadela.

Ver o sofrimento estampado no rosto a quando de um falhanço, ou a alegria após uma bola defendida.

O dedo, sim o dedo acusador dos próprios colegas e do treinador quando não se é feliz… Do treinador? Como é possível o comandante do barco afogar o seu próprio timoneiro…

Vida difícil esta a de ser guarda-redes!

Curvo-me e tiro o chapéu a estes seres fortes e tenazes que defendem não só a sua baliza mas também uma equipa!

Aqui fica a minha singela homenagem aos guarda-redes por esse mundo fora.

Vida difícil!