Está quase… Falta apenas esta e mais outra crónica para o Zé Maria entrar em vacances (Não falo francês mas gosto desta expressão, embora confesse que não sei porquê). Mas as férias serão apenas de cronista porque cá o Finório não tem capacidade económico-financeira para comprar um bilhete de cacilheiro quanto mais para ir de férias para algum lado. Assim vou respeitar o grande slogan criado para promover Portugal como destino turístico «Faça férias cá dentro» e vou mesmo passar as minhas férias… Dentro de casa. Ou se calhar vou aproveitar e passar as férias ao Jardim da Música. Aquilo até é giro e agora tem música, embora eu preferisse outro género que música mas sei bem que não se pode ter tudo.

Eh pá, estou mesmo a gostar desta interatividade com os leitores. Na passada semana publiquei um comentário de um leitor sobre o já celebre caso segurança/jornalista nas Festas da Cidade de Odivelas 2014, bem como a minha resposta, que motivou um novo comentário, desta vez com o nome do leitor.
Vamos então saber, de forma resumida porque o espaço é pouco, o que diz o senhor Jorge, cujo apelido preservo por razões óbvias: «Agradeço-lhe muito que tenha explicado que conhece a profissão de segurança. Toda a forma como o senhor descreveu a maneira como agir na situação do jornalista há duas semanas, foi o suficiente para se perceber, de caras, que o meu amigo sabe do que fala (…) Apresento-lhe publicamente as minhas desculpas, não só por não ter percebido a situação passada com o segurança e o senhor jornalista, o que me levou a escrever aquele comentário, como por não me ter identificado. Estamos numa época difícil, em que por tudo e por nada se despedem pessoas por justa causa (mesmo que a mesma não exista). O senhor tem muita razão quando diz que nem todos são iguais, mas infelizmente, maçãs podres existem em todo o lado. Ficamos mais mal vistos, quando vários colegas saem do exército (onde aprendem uma coisa), e entram directamente para uma empresa de Segurança e Vigilância, sem (na maioria das vezes) receberem uma formação para desempenharem funções.
Mais uma vez lhe deixo as minhas desculpas e o meu agradecimento, por me ter ajudado a compreender melhor o acontecimento, sendo que sim, acabei a concordar consigo em tudo o que disse a respeito do segurança em questão».

Às seis da tarde desta quarta-feira, 23 de junho, está o Zé Maria a cronicar em Odivelas e perto do Jardim do Príncipe Real, em Lisboa, num sítio que se chama Embaixada mas que cá o cronista não sabe de quem ou de onde, a senhora mestrada presidenta Susana Amador está a apresentar a sua candidatura à liderança do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas da Federação da Área Urbana de Lisboa do Partido Socialista. Bem podia apresentar a outra hora que assim o Zé já podia ir ver. Gostava muito de ir gambuzinar neste evento… Gostava mesmo!
Mas há outras coisas relacionadas com ele que o Zé vai adorar comentar…
Primeiros: A senhora edil da terra da marmelada branca está sempre a dizer que Odivelas tem alma e vida própria, que tem centralidade, que está a cinco minutos de Lisboa, etc., etc., etc.. Então se é assim porque é que foi para Lisboa apresentar a sua candidatura? Nós não temos embaixada mas temos um embaixador…. Não temos Príncipe Real, mas temos um Rei, D. Dinis, sepultado no Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo! Não houve coerência nesta atitude de minimizar a importância de Odivelas pois não, senhora presidenta? Não é este o «Caminho certo» pois não senhora candidata?
A nota de imprensa sobre o assunto, que o senhor Ribeirinho me deixou ler, diz que «António Costa, candidato à liderança do PS, também estará presente na sessão de apresentação pública da Candidatura, o que constitui um sinal inequívoco do seu apoio a Susana Amador». Como o Zé é do contra acho que é mais um sinal inequívoco do apoio de Susana Amador a António Costa do que o contrário. Como diria uma antiga cronista de Odivelas «A política é mesmo muito gira».

As Associações de Pais e Encarregados de Educação das Escolas do Ensino Básico do concelho de Odivelas estão em guerra aberta com a Câmara Municipal de Odivelas, divisão ou departamento de Educação, que o Zé pouco percebe do organigrama municipal, por causa das Atividades de Enriquecimento Curricular. Parece que até ao Ano Letivo que agora termina eram as APEE a gerir estas atividades na maior parte das escolas. Ora, no Ano Letivo que ai vem, lá para setembro claro, a Câmara chamou a si esta gestão e colocou a prestar estas atividades quatro IPSS do concelho, sem previamente ter avisado e até, segundo dizem os interessados, ter feito um balanço positivo da gestão feita pelas APEE.
Cá o Zé, que tem dois filhos, percebe o que são as preocupações dos progenitores, e até percebe mais ainda porque tem um filho professor e de quando em vez conversa com ele sobre estas coisas. Também percebo que a CMO sem pilim para subsídios tente encontrar outras formas de ajudas as IPSS. Mas que diabo porque hão-de as coisas ser feitas sem dialogo e nas costas dos interessados.
Sei que o Odivelas Notícias publica nesta edição uma peça sobre o assunto e que a peça apenas tem a visão de uma das partes. A visão da autarquia não vem porque a senhora vereadora está de férias. Eh pá eu sei que quem trabalha merece férias mas será que não havia forma de resolver sem coisa sem ser pelo silêncio? Pois… Portugal, Odivelas e oportunidades perdidas.

Sem dúvida que o tempo passa depressa quando adoramos o que estamos a fazer. E tal como o tempo passa o espaço também se gasta e deixa-nos sem a possibilidade de escrever mais, embora muita coisa houvesse ainda para dizer. E assim acaba mais uma crónica do Zé. Volto para a semana, ou não!.

Gambuzino ao saco…
Gambuzino ao saco…