Esta vida de caçador de gambuzinos acaba por ser como um carrocel. Umas vezes anda lá por cima e outras anda mesmo em baixo, ou seja há semanas rendosas em termos de caçadas e há outras em que o pobre caçador tem mesmo de se esfalfar para apanhar qualquer coisa. Esta semana foi rendosa, oh lá se foi. Quase que foi só abrir o saco e eles caiam aos molhinhos. Foi bom e o Zé agradece.

Comecemos pela sessão solene dos 40 anos do Clube Atlético e Cultural, que já foi da Pontinha mas que agora não é porque embora a sua sede continue na terra do Posto de Comando do MFA o complexo desportivo está na freguesia da Senhora da Luz.

Antes de mais nada os parabéns merecidos. Primeiro àqueles putos que em 1971 começaram com aquilo que deu origem ao CAC, então Cultura, Assistência e Convívio. Depois aos mais crescidinhos que vendo o potencial da causa apoiaram os putos e em maio, ainda com os cravos de abril bem viçosos, formalizaram a associação criando o Clube Atlético e Cultural.

Muitos foram os senhores presidentes. Uns mais conhecidos que outros mas todos importantes no produto final que hoje, ao cabo de quarenta anos podemos saborear, calmamente, numa descontraída sessão solene num magnífico espaço que Carnide tem e a Pontinha certamente adoraria ter. Pode ser que um dia…

Pois, Sessão Solene. No programa constavam os discursos dos presidentes da Junta da União das Freguesias de Pontinha e Famões e da Junta de Freguesia da Carnide. Discursaram, ou por outra, deram espetáculo de Stand-Up sentados no sofá. Já conto…

Constava também o presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol. Não o vi nem o ouvi. Seguia-se Nuno Lobo o frenético presidente da Associação de Futebol de Lisboa. Discursou e bem, diz o Zé. Gostei de ouvir os puxões de orelhas ao Governo e à Federação Portuguesa de Futebol pela ausência. Adorei aquela de irem um mês para Brasil à pala para ver o mundial. Ah ganda doutor assim é que se fala.
Bom adiantei-me e já ficaram a saber que da FPF ninguém disse presente. Linguarudo…

Mas prontos continuemos. O alinhamento apontava para que o discurso seguinte fosse do vereador de Odivelas, Paulo César Teixeira. E foi. O homem nunca falta a estas a estas coisas e o Benfica até nem jogou nesse dia. E que discurso. Cada vez gosto mais do Paulinho dos Futebóis. Se não fosse como é teria certamente um grande futuro na política. Mas por vezes princípios e valores são incompatíveis com certos cargos.

O último discurso seria do vereador do Desporto da Câmara Municipal de Lisboa, Jorge Máximo… Disse bem, seria mas não foi porque o senhor não pôs lá os pés nem se fez representar. Eh pá o CAC não merecia, pois não? Pois se calhar aprendeu com o chefe que apadrinhou mas não veio dar as amêndoas. Lembram-se? O Zé contou tudo e o chefe até meteu cromo…

Falemos então do Talk Show da dupla Corália/Fábio. Eh pá o Zé adorou… Parece-me que a coisa se passou assim, os senhores presidentes não estavam à espera de discursar e não levavam nada preparado. Então vai daí, congeminaram uma saída airosa e cá para o Zé saíram-se muito bem… Se eu fosse diretor da TVI estava feito… Qual Gocha, qual Cristina qual quê? Você na TV com Fábio Sousa e Corália Rodrigues. O sucesso seria tanto que ainda os iria ver nos States a roubar o lugar à Oprah e ao Jon Stewart.

Voltemos aos parabéns. Primeiros às miúdas da bola. Quem acha que só os homens é que têm jeito para tocar na chincha está redondamente enganado. Aquelas miúdas percebem da poda… Ah se percebem… Segundos, ao doutor associativo. Costuma-se dizer quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. O homem tem apelido de lobo e a verdade é que no seu discurso fez mossa no galinheiro. Não percebo nada de bola mas, segundo os meus consultores para a área, o doutor está a matar as galinhas todas que entupiam a associação. Terceiros a menina Carolina. Adorei a voz, a presença em palco, e até a letra, embora não perceba nada de inglês. Mas a melodia era agradável.

E agora o Cacito. Igual a si mesmo, o quebra protocolos e o diz o que lhe vai na alma. Parabéns também que o homem merece. E a parte final, pai e filhos no palco. Eh pá fazia lá falta a dona Cristina, nem que fosse só a tocar ferrinhos ou a bater palmas. Com algum jeitinho ainda podiam ser como a família Carreira: O Tony, 0 Michael, o David e a Sara. Bom eles são menos mas quem sabe se não poderiam um dia entrar os netos!

E assim se faz uma crónica do reino da marmelada branca que por sinal se passou no concelho ao lado, mas como os personagens são cá do burgo, na boa, como diz o meu amigo Ribeirinho.

Vou acabar. Fiquei mal disposto não sei porquê. Volto para semana ou não!

Gambuzino ao saco…

Gambuzino ao saco…