Eis uma palavra que a maioria das pessoas usa com cautela e receio. Falar de amor ainda é considerado lamecha ou típico das mulheres, mas a verdade é que todos os indivíduos possuem a capacidade de amar. É impossível viver sem a presença deste sentimento, quer sejamos nós a amar ou a ser amados. O amor está intrínseco na vida do ser humano, quer tenha essa consciência ou não.

De todos os sentimentos o amor é o mais perigoso e o mais gratificante. Perigoso porque nos leva a cometer as maiores loucuras, coisas que julgamos nunca ter coragem para fazer. Gratificante pela sinceridade, humildade, pureza e humanidade que conserva em si. E ainda pelo facto de nos preencher enquanto seres humanos, tornando-nos seres diferenciados dos demais. A existência deste sentimento consiste na base da maioria das relações que estabelecemos. A nossa relação com os nossos familiares e amigos é baseada no amor que sentimos por eles e eles por nós. É claro que o amor tem diversas representações, além do amor romântico ao qual normalmente associamos a palavra. A amizade por exemplo, é uma forma de amor. E o amor paterno e fraterno são as formas de amor com as quais primeiramente lidamos quando nascemos. Estando portanto na nossa origem.

Assim, até o mais egoísta dos seres humanos, sente amor por si próprio. O amor faz parte da nossa natureza da mesma forma que se encontra também na Natureza, os animais são capazes de dentro da sua irracionalidade demonstrar autênticos atos de amor.

O dia 14 de Fevereiro, foi o dia escolhido para celebrar o amor. A sua origem provém da Roma antiga, onde os casamentos foram proibidos pelo imperador na crença de que os jovens solteiros formassem um exército por falta de opção de vida. No entanto S. Valentim, na altura ainda bispo continuou a celebração dos casamentos em segredo. Acabando por ser descoberto mais tarde e condenado à morte. Embora antes se tivesse apaixonado por uma jovem invisual que o visitou na prisão, levando-o a realizar o milagre de lhe devolver a visão.

Aproveitemos a ocasião para relembrar às pessoas que amamos aquilo que deveras sentimos, valorizando ainda a nossa capacidade de amar que nos torna pessoas melhores, mais fortes e equilibradas. A ausência do amor na nossa vida torná-la-ia simplista, monótona e solitária.

Por isso, mais amor no mundo!