Desde os primórdios que a mulher é considerada o sexo frágil. Comparativamente ao homem não possuiu a mesma força, robustez física e resistência. É vista como um ser delicado, e sarcasticamente associada a ideais românticos e a sentimentos exagerados. Muitos homens referem não perceber as mulheres, esse ser complicado que poucos decifram e que só quem é mulher sabe compreender.

Na realidade a mulher não é o “sexo frágil”, talvez chamar-lhe-ia o “sexo resiliente” pela sua força e capacidade de contornar as situações mais adversas sem perder o seu rumo. Se nos colocarmos em pela História, vemos que apesar de as mulheres sempre pertencerem à esfera privada do lar, cuidando dos filhos e das tarefas domésticas, elas não hesitaram em romper com a mesma quando foi necessário dar suporte à família através do trabalho fora de casa. As mulheres passaram da esfera privada à pública pois os homens estavam ausentes na guerra com data indefinida de regresso tornando imperativo que tomassem as rédeas da sua vida. Ao ser-lhes permitido mostrar as suas competências, as mulheres provaram ser iguais ao homem, e superaram as expectativas. Importa salientar que o papel reduzido da mulher naquele tempo se prende com a sociedade patriarcal que vigorava e com as ideias religiosos que sempre colocam a mulher abaixo dos homens. Estaremos ainda a pagar pelo pecado cometido por Eva?

A verdade é que a mulher ganhou coragem para lutar pelos seus direitos e emancipação e em termos mundiais foram-lhe atribuídos direitos. A cooperação dos movimentos feministas contribuiu para a consciencialização pública, embora ainda existam mentes muito retrógradas, sobretudo em Portugal.

Se analisarmos a mulher, vemos de facto um ser mais emotivo, romantizado, sensível, o que se prende inteiramente com o seu instinto maternal que é desenvolvido precocemente. Este é o mesmo ser que carrega por 9 meses um bebé, que sofre com as dores do parto e que sente o seu corpo alargar para permitir a chegada de um novo ser ao mundo. Este é o ser que tem a capacidade de aumentar de tamanho, duplicar a força, para defender um filho seu. Este é o chamado sexo frágil, que é mais forte do que aparenta. Um mundo sem mulheres não é mais que um mundo infértil, sem futuro, completamente estéril de esperança. A mulheres merecem o mesmo valor que o homem, o mesmo valor que é dado aos seres humanos.