De todos os chamados “negócios” que conhecemos, sem dúvida um dos que movimenta mais dinheiro e que o obtém de forma fácil é a prostituição. Muito embora os contornos que envolvem esta temática sejam demasiadamente nublados, por se tratar de uma escolha associada ao livre arbítrio de cada ser humano, o qual impõe uma fronteira entre o que é legal, moral e correto e o que é a liberdade individual.

A prostituição por si não é crime, é incluída na liberdade de utilização do corpo conforme vontade própria. O crime a que se associa a prostituição assenta nos benefícios que outra pessoa pode ter através dos serviços de prostituição que outra presta, em suma, através da venda do corpo de outra pessoa. A isto chama-se “proxeneta” ou “chulo” em linguagem vulgar.

A liberalização e a quebra do tabu “sexo” veio dar ênfase à presença da prostituição, que sempre existiu, e que nunca caiu em desuso. A importância dada ao sexo e às fantasias associadas, conduzem a que homens e mulheres procurem cada vez mais estes serviços, tornando mais fácil e menos constrangedor a obtenção dos mesmos, uma vez que depende apenas do pagamento deste.

As variantes como, “acompanhantes de luxo” e “casas de swing” vêm conceder alguma sofisticação às outrora denominadas de “prostitutas” e “bordéis”, não falando em denominações mais vulgares associadas ao calão.

O facto de o sexo ser considerado quase como necessidade fisiológica leva a que existam sempre clientes dispostos a pagar valores exorbitantes por sessões e que existam pessoas que disponibilizam o corpo para tal. Estas opções de vida, permitem a obtenção rápida de uma fortuna mas também a atribuição de um rótulo vitalício. Embora haja quem procure prostitutas estas ainda são vistas como objetos e não como mulheres iguais às restantes que desempenham determinada profissão.

O mundo da prostituição pode envolver, embora não necessariamente, droga, tráfico, doenças sexualmente transmissíveis, strip, sadomasoquismo, adultério, etc. Não se cingindo por vezes, à mera troca de favores sexuais.

Comummente a prostituição encontra-se mais associada às mulheres, talvez pela figura da mulher ser mais vulgarmente erotizada, mas o número de homens começa a ganhar cada vez maior expressão.