Como odivelense dos quatro costados não podia deixar de começar esta crónica com os sinceros parabéns ao jovem adolescente pelo seu 15º aniversário. Adolescente, disse bem, porque em certas coisas menos boas, mais irreflectidas ou intempestivas, este concelho faz-me lembrar o meu neto Julinho, que quando for grande quer ser vereador do Urbanismo de uma Câmara Municipal do norte de Portugal. É o que ele diz mas cá o Zé ainda não percebeu porquê.

 

E já que falamos nos aninhos de Odivelas aproveitemos para falar da Sessão Solene que assinalou a data. Foi bem escolhido o Centro Cultural Malaposta para o evento. Se é espetáculo que seja na melhor casa de espetáculos do concelho. E que espetáculo meus amigos…

 

Começo por assinalar um facto que considero da máxima importância, ainda maior que a subida do ordenado mínimo nacional. Refiro-me à presença de Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures. Até onde a memória me permite, não me lembro de alguma vez ter visto outro presidente de Loures nestas cerimónias. Eh pá não me digam que foi preciso o PS perder a presidência de Loures para haver boas relações entre os dois concelhos?

 

Bom, ainda não tivemos o vizinho da capital. O motivo anunciado foi de incompatibilidade de agenda. Mas, pelo menos mandou um lindo ramo de flores a Susana Amador. Menos mal!

 

Cá o Zé aos 76 anos ainda não sabe tudo e neste aniversário aprendi mais uma: Que há um instrumento chamado solfejo. Fiquei curioso, porque desde as campainhas de porta às tubas pensava que conhecia todos e nunca tinha ouvido falar neste. Procurei nas imagens do Google mas o dito cujo não aparecia. Já que não conseguia ver o aspeto do instrumento então que visse a definição dele e volvei a procurar, desta vez sem ser nas imagens. Afinal o instrumento solfejo não existia e é apenas «A arte de cantar os intervalos musicais, seguindo as respectivas alturas (frequências ou graus da escala) e ritmos anotados em uma partitura». Então como é que José Lúcio começou a tocar solfejo aos cinco anos, segundo anunciou a apresentadora da cerimónia? Não sei, mas gostava de saber, lá isso gostava.

 

Naquela parte em que as várias entidades dão prendas ao aniversariante três das quatro juntas de freguesia deram a sua prendinha. Uma delas não deu. Pois é, amigos, a crise não perdoa!

 

Mudemos de assunto…

 

Ainda tenho de falar nas eleições do PSD. Á boca das urnas e à margem do ato eleitoral (eh pá falo muito bem não falo) o Luís dos Ás e o Zoio dos Bês, iam-se pegando a pancada e foi preciso um Roda meter-se no meio e acalmar a fúria dos dois contendores. É, afinal quem disse que os inimigos estão no mesmo partido até tinha razão.

 

Mudemos de assunto outra vez…

 

No domingo os bombeiros de Caneças celebraram o seu 36º aniversário e o Finório foi até lá com o propósito de Gambuzinar. Boa caçada, enchi três sacos e uma bolsa de mão. Muito bom nos dias que correm.

Começo pelo apresentador porque não sei dizer speaker. No meu tempo não havia inglês na primária. Ainda aprendi algumas coisas com os filmes de cowboys mas foi muito básico e nesse tempo do oeste americano ainda não havia speakers. Eh pá o homem devia pensar que ali havia fogo porque se fartou de meter água. Enganos atrás de enganos. Errar é humano mas centuplicar os erros será certamente outra coisa, que não vou especificar mas vossemecês se calhar até sabem o que é. Foi deprimente chamar duas vezes o Miguel Ramos para a mesa e confundi-lo com o Miguel Cabrita, apresentar Luís Fraga como presidente dos Bombeiros de Alcochete quando uns minutos antes tinha chamado o verdadeiro, sem se enganar, entre outras pérolas do género, foi mesmo muito mau. Cá o Zé não tem jeito nenhum para apresentador mas conhece quem tem. Portanto de precisarem o Zé até colabora no casting para o ano.

 

Mas a quantidade de coisas boas nesta sessão farão rapidamente esquecer o apresentador. Adorei ver o comportamento dos cadetes. Jovens entre os 14 e os 17 anos que mostraram o que é ser bombeiro. Parabéns para eles e para quem os formou. Também merece os parabéns do Zé o senhor vereador da Proteção Civil, Edgar Valles. Gostei da postura.

 

De parabéns também está o ex-presidente da Junta de Freguesia de Caneças, Armindo Fernandes. O seu trabalho foi reconhecido pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Caneças que lhe entregou uma medalha de Ouro. Os bombeiros sempre souberam ser reconhecidos.

 

Como em todas as famílias, também na família dos bombeiros há desentendimentos e por vezes até mesmo guerras duras e difíceis. Por isso o Zé ficou contente por ver o bom relacionamento entre a direção e o comando dos bombeiros de Caneças. A entrega da Medalha de Ouro da Associação ao Comandante do Corpo de Bombeiros é certamente prova desse bom relacionamento.

 

Já me estava a esquecer… Houve outra coisa de que o Zé não gostou. Armindo Fernandes, que não é vice-presidente da União das Freguesias de Ramada e Caneças, porque essa definição não existe, foi chamado mais que uma vez para entregar medalhas. Ilídio Ferreira, o presidente, não foi chamado vez nenhuma. Eh pá o Zé reconhece que seja reconhecido o trabalho do Armindo mas olhem que hostilizar assim o novo presidente não será certamente boa ideia. Sim não estejam já a protestar que o Zé sabe não ter sido intencional mas pelo menos foi de pouco tato.

 

E agora é altura de deixar de escrever e ir festejar a vitória da selecção que terça-feira assegurou uma ida ao Brasil no próximo ano. Mas antes de ir tenho de deixar aqui um comentário do senhor deputado municipal Miguel Ramos: «O Blatter deve estar com o cu todo rebentadinho…».

 

E agora sim, vou de abalada que há Gambuzinos à minha espera.

 

Gambuzino ao saco… Gambuzino ao saco…